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NOVOS PRODUTOS




EMÍLIA-ROMANHA

    Dois dos novos produtos que passamos a comercializar aqui na Casavino são oriundos da bela região italiana da Emília-Romanha. Nesta que é uma das regiões mais desenvolvidas da Europa, estão localizadas a universidade da Bologna, a mais antiga universidade do mundo e antiga capital do império Romano, Ravenna. Além de toda a herança histórica, com belas paisagens e castelos medievais, possui também uma linda costa, com balneários famosos como Rimini e Riccione.



    Para quem gosta de carros, essa região é o lar da Ferrari, Lamborghini, Maserati e das motos Ducati, entretanto se como eu, você prefere alguns deleites gastronômicos, foi lá que tiveram origem e são reconhecidos até hoje o Aceto Balsâmico de Modena, a mortadela, o molho à bolonhesa, os queijos parmesão ou Parmigiano-Reggiano e o queijo Grana Padano, o presunto Parma além do tipo de vinho que por muito tempo foi o mais importado para o Brasil: o controverso Lambrusco que era o vinho preferido do cantor Luciano Pavarotti, nascido e criado na província de Modena, dentro da região da Emília-Romanha.

I PURI LAMBRUSCO ROSSO

    Nosso primeiro destaque dessa semana é um Lambrusco, vinho este que é um tipo de frisante que pode ser branco ou tinto, mas com um sabor, em geral, mais adocicado que caiu como uma luva no paladar dos brasileiros que não estão muito acostumados a bebidas muito secas e amargas. Outro trunfo desse produto é poder ser servido gelado, que convenhamos entre nós, no clima tropical do Brasil é uma característica de grande valia. A principal diferença entre um frisante e um espumante é que os frisantes têm menos gás carbônico que os espumantes e dessa forma diminuem a sensação de, na falta de uma palavra melhor, “empapuçamento” que os espumantes podem conferir à algumas pessoas.


    Seu nome deriva da família de uvas que podem ser usadas em sua produção, sendo as mais comuns a (uva) Lambrusco Grasparrosa, Lambrusco Marani, Lambrusco Monterrico, Lambrusco Salamino e a Lambrusco Sorbara, todas elas indígenas da região da Emília-Romagna e que apresentam um grande rendimento de produção, que somado fato de que quase todos os Lambruscos são feitos para serem consumidos jovens, geram vinhos com preços bem acessíveis e bom custo-benefício. Importante não confundir a denominação Lambrusco Dell’Emilia, que uma indicação geográfica com as marcas dos produtos. Diversos produtores fazem seus vinhos dentro da região demarcada “Dell”Emilia”.

    Os Lambruscos são boas opções para acompanhar pratos descontraídos, principalmente com algum toque agridoce, como um queijo brie ou camembert com geleia, tábuas de queijos e frios que também tenham frutas ou ainda aquela boa pizza do final semana, em especial alguma versão com lombo canadense. Em um dia quente, ele bem gelado em volta a uma piscina combinado com uma deliciosa salada de frutas, será uma experiência memorável. Para aqueles que não gostam de vinhos doces, existem versões secas de Lambruscos que são maravilhosos e passíveis de combinações ainda mais sofisticadas como massas, carnes e frutos do mar.

LIBERE DI BERE BENE ROSSO

    Nosso segundo destaque dessa semana é um vinho produzido no coração da Emília-Romanha, na província de Piacenza, próxima a Parma na cinematográfica vinícola Cantine Casabella. Apesar de a atual gestão ser nova, foi estabelecida no início da década de 90, a vinícola é centenária. foi fundada no final do século XIX por Luigi Montemartini que foi um cientista e membro do parlamento no instinto reino da Itália. Os vinhedos e a vinícola ficaram nas mãos da família Montemartini até 1914 e após esse período trocou de proprietários diversas vezes até chegar os atuais administradores a comprarem. Com a nova adega de Castell’Arquato, adquirida em 1998 a Cantine Casabella expandiu sua zona de produção para a região compreendida entre as comunas de Ziano até Val d’Arda e se tornou uma grande embaixadora da região mundo a fora.


    Hoje em dia, recebe uvas de mais de 150 pequenos viticultores da região, com destaques para as variedades Malvasia, Barbera, Ortrugo e Bonarda. A vinícola produz excelentes frizantes e espumantes bem como vinhos secos, como o Gutturnio Riserva, mas como no restante da região, por aqui o destaque são os vinhos doces e meio doces, tal qual ocaso de nosso novo produto o Libere di Bere Bene Rosso, principalmente os produzidos com a uva Barbera, casta essa que apesar de ainda pouco conhecida por aqui, vem conquistando o paladar dos brasileiros, tanto dos iniciantes, quanto daqueles já mais aprofundados no mundo do vinho.




    A Bonarda é uma variedade muito antiga. Pesquisas apontam que os Etruscos já a plantavam há mais de 3000 anos atrás na região da Emília-Romanha e de lá se espalhou para a Savoia onde se tornou a uva mais plantada. No início do século XX pela mão dos imigrantes italianos, chegou na Califórnia e na Argentina onde se tornou a segunda uva mais plantada depois da Malbec. Por conta de seu amadurecimento tardio, normalmente a Bonarda preserva muito açúcar residual, fazendo com que seus vinhos tenham um sabor mais adocicado que, como no caso dos Lambruscos, agrada ao paladar dos brasileiros, porém, também é possível encontrar grandes exemplares secos, mais comuns na Argentina.

Abaixo deixo alguns links na Amazon para esses vinhos e similares:

Saúde a todos!

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