Os taninos dos vinhos e o combate
a pandemia.
Kaye Yamamoto de oliveira
Desde o final da semana
passada muitos sites e portais, ligados ou não ao mundo do vinho começaram a
noticiar que um estudo de cientistas chineses, afirma que os taninos contidos
nos vinhos tintos podem ajudar a combater a Covid-19.
Não sou jornalista,
médico, tampouco cientista, mas de vinhos aprendi um pouco, ao longo desses
mais de 15 anos nessa “indústria vital” e não ficarei nem um pouco surpreso se
mais essa propriedade “milagrosa” for incorporada ao hall dos inúmeros benefícios
ligados ao consumo moderado dos vinhos, principalmente os tintos.
Para quem tem uma
habilidade acadêmica maior que a minha e quiser tirar conclusões “menos empíricas”,
segue abaixo o link para o artigo (em inglês) científico:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7783773/
Mas afinal, o que são
taninos?
Os taninos são
elementos químicos naturais, polifenóis, encontrados majoritariamente nas
partes lenhosas de muitos vegetais, com a função de defendê-los de agressões
naturais, como pragas, doenças e animais herbívoros que o iniciarem sua
ingestão, sentem a adstringência e gosto amargo deles, diminuindo assim o seu
ímpeto em devorá-los.
No caso das uvas, os
taninos são encontrados principalmente em suas cascas, sementes e galhos,
podendo ser também transmitidos ao vinho através do envelhecimento em barricas
de carvalho que também são ricas em taninos. Eles conferem certa adstringência
e amargor aos vinhos quando em excesso, o que pode ser considerado um defeito,
mas são fundamentais para o equilíbrio do vinho principalmente para
contrabalancear o álcool.
Normalmente, os
produtores de vinhos, buscam formas de suavizar as sensações táteis dos taninos
através do processo de amadurecimento, mantendo o vinho exposto a longos
períodos à um baixo nível de oxigênio, sendo em barricas de carvalho com baixo
nível de transmissão de taninos ou nas garrafas de vidro, pois vinhos mais macios
e sedosos tendem a serem mais comerciais.
O tanino é o principal responsável pelas características medicinais do vinho, notavelmente por sua capacidade de equilibrar os colesteróis e evitar doenças cardíacas. Outra característica muito interessante dos taninos é sua afinidade em se ligar às cadeias de proteínas e precipitá-las, sendo que por conta desta propriedade o vinho tinto é muito indicado à harmonização com carnes vermelhas, facilitando a mastigação e sua digestão.
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