Champagne e Morangos
Por muitos anos a
cominação de morangos e Champagne se tornaram um símbolo de romance, sedução e
sensualidade, mas ninguém sabe ao certo quem associou a fruta com a bebida. Nem
mesmo a ciência conseguiu provar os supostos efeitos estimulantes à sexualidade
da combinação, entretanto seu poder “afrodisíaco” se dá na parte de nosso corpo
mais sensível no que diz respeito ao prazer: nosso cérebro.
O Morango era um
símbolo de Vênus, a Deusa do Amor, por conta de seu formato de coração e cor
avermelhada e alguns estudos indicam que alguns homens mesmo que de forma subconsciente
associam a fruta à algumas formas femininas. Outra lenda mais antiga e muito
famosa diz que quando o morango é quebrado ao meio e compartilhado com uma
pessoa por quem se tem interesse, rapidamente tal pessoa irá se apaixonar por
quem dividiu a fruta.
Já o Champagne, era
usado na coroação dos reis da França e passou, desde então, a povoar o
imaginário dos “plebeus” como um símbolo da realeza, de celebração e do luxo,
sendo que esse fascínio por si só já é estimulante. Em um campo mais científico
é sabido que o Champagne, bem como outros vinhos espumantes, atinge a corrente
sanguínea mais rapidamente, permitindo que você possa relaxar mais rápido.
Uma união tão sensual
que pode se tornar um momento marcante durante a conquista, apimentar
relacionamentos mais longos e no passado foi chamado da bebida das amantes do
rei. Conta a lenda que as primeiras taças criadas especificamente para beber
champanhe, de boca larga e em formato de um seio, foram feitas por ordem de
Luis 15, tomando como modelo a mama esquerda de Madame Pompadour, a mais famosa
de suas amantes.
Essa combinação é tão
clássica que deu origem até um creme hidratante da famosa marca de lingerie
Victoria’s Secrets e inspirou também a criação deu um dos drinks mais famosos
do mundo: o Rossini. Rossini é um drink italiano, feito com espumante e purê de
morangos, sendo elaborado em homenagem ao compositor do século XVIII, Gioachino
Rossini, que criou 39 óperas, assim como diversos trabalhos para música sacra e
de câmara. Entre seus trabalhos mais conhecidos estão “O Barbeiro de Sevilha”,
“A Cinderela” e “Guilherme Tell”.
É bem verdade que existem outras harmonizações entre vinhos e alimentos que gastronomicamente são até mais assertivas que o morango com o Champagne, mas no quesito “Atmosfera romântica”, sem dúvida, essa dupla é imbatível.
Kaye Yamamoto – Sommelier
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