Armazenagem do vinho.
A visão mais típica de uma adega, são aqueles locais escuros
no subterrâneo, com milhares de garrafas amontoadas e empoeiradas. Apesar de
atualmente existirem adegas moderníssimas esse formato mais arcaico é presente
e funcional em muitas vinícolas mundo a fora. Os vinhos são bebidas delicadas
que sofrem e se deterioram somente com o contato com o oxigênio. Além disso,
altas temperaturas e exposições prolongadas à luz e vibrações, também podem
alterar sua qualidade.
Não somente altas temperaturas prejudicam o vinho, mas as variações
nas mesmas também são grandes vilãs. As antigas adegas subterrâneas têm como
grande característica manter as temperaturas constantes e amenas mesmo em
regiões muito quentes criando assim locais quase perfeitos para a armazenagem
do vinho.
Em nossas residências, não podemos ter grandes adegas subterrâneas,
pelo menos não os “meros mortais, então qual a melhor forma de se armazenar os
vinhos para que possam ser consumidos em sua qualidade máxima mesmo que após
longos períodos?
Hoje em dia existem diversas climatizadoras residenciais, parecidas
com geladeiras, que conseguem proteger os vinhos das mudanças de temperatura e exposições
a luz e vibrações, sendo ótimos eletrodomésticos para conservar os vinhos e um “must
have” entre os apreciadores desta bebida. Entretanto, os modelos maiores e de
boa qualidade, normalmente, também não têm um custo muito acessível, dessa
forma para quem não puder adquirir um equipamento desses, o ideal é se buscar
um local em casa que deixe as garrafas o mais abrigado possível dos agressores
já comentados. Tais locais, podem ser um espaço embaixo da escada, sobre a pia
da cozinha ou dentro de um armário em um cômodo mais fresco.
Todos esses cuidados são referentes às garrafas fechadas.
Mas e depois que o vinho é aberto? Como conservá-los?
O processo de oxidação do vinho quando este entra em
contato com o oxigênio, é irreversível e em poucos dias, mesmo que a rolha seja
inserida novamente no vinho, este terá seus aromas e sabores alterados,
entretanto, esse processo pode ser retardado, limitando este contato entre os
dois. Existe uma espécie de bombinha que retira o oxigênio da garrafa e o fecha
hermeticamente, prolongando a sua vida útil com um custo muito irrisório.
Recentemente, foi criado também, um dispositivo que injeta
um gás por uma agulha através da rolha fazendo que somente a quantidade
desejada de vinho seja servida, sem precisar abrir a garrafa, preservando assim
o vinho por muito tempo. Uma solução bem mais simples e barata é após consumir
parte do vinho, armazenar o restante em uma garrafa de formado menor como a de
375ml, onde contato do vinho com o oxigênio será menor e irá demorar mais para
que vinho oxide.
Mas, como dizia o grande sommelier italiano Angelo Fornara:
“abrir a garrafa e não beber todo o vinho dá azar!”. Dessa forma, o bom mesmo é
juntar as pessoas que amamos e acabar com a garrafa e criar lembranças que
serão mais duradouras do que o vinho que bebemos.
KAYE YAMAMOTO DE OLIVEIRA
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