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Principais Tipos de Vinhos.

principais Tipos de vinhos.


Todos os tipos de vinhos têm a mesma origem que é a fermentação total ou parcial do mosto, matéria oriunda da espremedura das uvas, pelas leveduras Saccharomyces, onde neste processo esses fungos transformam o açúcar contido nas uvas, em álcool, gás carbônico e calor.

O resultado é uma bebida com em torno de treze por cento de álcool, e oitenta e cinco por cento de água. Somente os outros dois por cento restantes ficam responsáveis pela maioria das características referentes a cores e sabores do vinho, sendo que os componentes químicos que as originam, em sua grande maioria estão presentes nas cascas das uvas.

Basicamente existem cinco grandes grupos de vinhos: espumantes, brancos, rosés, tintos e vinhos de sobremesa, cada um com sub variações e estilos diferentes, mas por hora iremos abordar as características principais.

Os espumantes, são vinhos onde o gás carbônico, resultante da fermentação do mosto é engarrafado junto com o líquido. Normalmente, além da fermentação normal, estes vinhos passam por uma segunda fermentação, que pode ser na garrafa (método Champenoise) ou em grandes recipientes (método Charmat), para que o gás carbônico seja aprisionado.  A principal característica de um bom espumante é sua notável acidez, além de aromas delicados, boa mousse (gás carbônico) e um final refrescante. Deve ser sempre servido gelado, para que seu perlage (conjunto de bolhas), sua acidez e seu frescor, sejam sempre ressaltados.

São as cascas das uvas que dão a cor para os vinhos, através de seus pigmentos, sendo assim possível produzir um vinho branco através de uvas tintas, simplesmente removendo as cascas durante a fermentação, entretanto, normalmente, os vinhos brancos são feitos com uvas brancas. Geralmente, os brancos são vinificados em aço inox à baixa temperatura, para se obter vinhos com o máximo frescor, de aromas frutados e florais evitando o envelhecimento em carvalho com exceção dos vinhos mais encorpados como os feitos com a uva Chardonnay. Como no caso dos espumantes, a principal característica dos vinhos brancos, são o frescor e a delicadeza, sendo sempre indicados a acompanhar pratos mais leves ou serem servidos como aperitivos.

Já nos vinhos rosés, principalmente os de boa qualidade, as cascas das uvas tintas permanecem um breve tempo em contato com o mosto, na hora da fermentação, e assim ganham cor e algumas características dos vinhos tintos. como um corpo maior e um pouco de taninos. É possível se obter um vinho rosé através da mistura entre um vinho branco e um vinho tinto, entretanto esse método é pouco utilizado atualmente, pois sua qualidade é inferior. Por unirem muitas das características dos vinhos brancos e tintos, os rosés são muito versáteis para a harmonização com alimentos bem como com as ocasiões em que são servidos tendo seu consumo crescido muito mundialmente.

Os vinhos tintos, ainda são os preferidos dos brasileiros para o consumo no dia-a-dia. Possuem diversos estilos, desde os mais leves até muito encorpados. Sua oferta é muito grande e é possível encontrar marcas de inúmeros países e regiões, bem como com preços acessíveis até verdadeiras joias engarrafas. Para um vinho tinto ser de qualidade ele precisa apresentar um bom equilíbrio, entre o álcool, acidez e tanino. O tanino e a acidez com sua agressividade, equilibram a untuosidade e a doçura do álcool. O vinho é há muito tempo reconhecido por suas propriedades medicinais, principalmente por conter componentes que auxiliam o corpo humanos a regular os colesteróis. Tais componentes, como o resveratrol é encontrado principalmente nas uvas de casca preta, sendo então o vinho tinto o mais recomendado pelos médicos. Por serem mais encorpados e alcoólicos os vinhos tintos combinam mais com pratos mais elaborados e de sabores mais intensos.

Por fim os vinhos de sobremesa, são vinhos que possuem um teor de açúcar residual, natural da própria uva, maior onde as leveduras não transformam todo o açúcar do mosto em álcool e gás carbônico. Esse excesso de açúcar na uva pode ocorrer de algumas formas diferentes. Nos vinhos de colheita tardia, como o próprio nome sugere, a uva sofre uma maturação excessiva para que seu teor de açúcar aumente consideravelmente. Já nos vinhos fortificados, basicamente a fermentação é interrompida, pela adição de aguardente vínica, resultando em um vinho de alto teor alcoólico e açúcar residual considerável. Por fim, nos vinhos “botritizados” um fungo chamado Botrytis Cinerea, perfura as uvas desidratando-as e aumentando seu teor de açúcar, além disso, proporciona modificações na acidez e no teor de glicerina do vinho resultante.

       Agora que já conhece os tipos diferentes de vinhos, basta encontrar o tipo que mais se adéqua ao seu paladar ou de seus convidados.

KAYE YAMAMOTO DE OLIVEIRA

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